Nos dias 22 e 23 de outubro aconteceu na sede da Associação Brasileira de Odontologia do Rio de Janeiro (ABO-RJ) o “Primeiro Programa Mundial de Treinamento para Remoção Segura do Amálgama” e o “Primeiro Evento sobre os Riscos do Mercúrio no Brasil”. Os cursos foram patrocinados pela Academia Internacional de Medicina Oral e Toxicologia (IAOMT), Conselho Federal de Odontologia (CFO), Conselho Regional de Odontologia do Rio de Janeiro (CRO-RJ) e pela Associação Brasileira de Odontologia do Rio de Janeiro (ABO-RJ), além do apoio recebido do Programa para o Meio Ambiente das Nações Unidas (PNUMA).
Os eventos foram idealizados durante a convenção de Minamata, no Japão, onde foi assinado um tratado sobre o mercúrio. O Tratado estabelece o controle e a redução de uma gama de produtos, processos e indústrias onde o mercúrio é utilizado. O acordo prevê o fim, até 2020, da produção, exportação e importação de produtos que contém mercúrio e foi apoiado pelo PNUMA, com a obtenção da assinatura de 119 países, inclusive o Brasil.
O Evento
Na mesa solene de abertura estiveram presentes as seguintes autoridades: o presidente da ABO-RJ, Paulo Murilo Oliveira da Fontoura; a deputada estadual Aspásia Camargo (PV-RJ); o presidente do Comitê Brasileiro do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, Dr. Haroldo de Mattos; a coordenadora mundial da IAOMT, Anita Tibau; membro fundador da IAOMT, Prof. Dra. Blanche Grube; membro fundador da IAOMT, prof. Dr. David Warwich; prof. Dr. Olympio Faissol Pinto; a Dra. Martha Faissol e o Dr. Alberto Fernandes Moreira, representando o CFO.
Os cursos ministrados abordaram: prevenções e procedimentos para restaurações sem o uso do mercúrio, com opções de outros tipos de tratamento; amálgama: identificação da carga social e liberação do mercúrio no ambiente de trabalho; procedimento padrão de segurança para remoção segura das obturações de amálgama; melhoria da infraestrutura dos consultórios para redução dos lançamentos de mercúrio oriundos das substituições das obturações; educação para cirurgiões-dentistas, universidades, governos e público em geral, sobre a minimização da exposição ao mercúrio e estratégias nacionais para coleta e armazenamento de longo prazo dos resíduos do amálgama de mercúrio.
O curso foi ministrado pela Dra. Blanche Grube, que possui dois doutorados, um pela Universidade de Medicina e Odontologia de Nova Jersey e outro em Medicina Integrativa, na Universidade de Medicina Integrativa de Washington D.C e pelo Dr. David Warwich.
A coordenadora mundial da IAOMT, Anita Tibau destacou a importância do Brasil no debate sobre o mercúrio. “Após a Índia, o Brasil é o país com o maior número de faculdade de Odontologia do Brasil. Ou seja: qualquer mudança que ocorrer aqui vai refletir em todo o mundo, será um parâmetro para outros lugares”, afirmou.
Segundo a coordenadora da IAOMT, Dra. Martha Faissol, outros eventos acontecerão em 2014, na cidade de São Paulo , Brasília e novamente no Rio de Janeiro. “Esperamos que as milhares de pesquisas científicas existentes nos dias de hoje sejam material suficiente para o convencimento de nossos profissionais”, afirmou.
O Dr. Olympio Faissol agradeceu a participação do presidente do CFO, Dr. Ailton Morilhas, através de uma carta, cuja transcrição segue abaixo:
Prezado Dr. Ailton Diogo Morilhas Rodrigues,
Fiquei comovido depois de ver o que vocês estão fazendo. Fico imensamente grato por ter nos apoiado, sem mesmo nos perguntar o que estávamos fazendo. Meu mundo ficou pequeno ao ver o que você está fazendo por nosso mundo. Os americanos disseram que vão sugerir a American Dental Association a seguir o seu exemplo.
Ficamos todos assombrados de ver o que você conseguiu fazer em tão pouco tempo. Agradecemos, eu e os dentistas brasileiros por nos dar a oportunidade de evoluir e sermos nós e não alguma agência governamental a nos apontar o dedo acusador.
Nossa profissão será mais respeitada. Muito obrigada por um mundo melhor para nossos filhos e netos.
Para maiores informações: www.iaomt.org ou no Facebook, procure por: “rio de janeiro mercury free zone”
Fonte: Carolina Mazzi / Assessoria de Comunicação CFO