O tabagismo é a principal causa de morte evitável em todo o mundo
A Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta o tabagismo como a principal causa de morte evitável do mundo e estima que 1/3 da população mundial adulta é fumante, isto é, 1 bilhão e 200 milhões de pessoas (entre as quais 200 milhões de mulheres). Pesquisas comprovam que aproximadamente 47% de toda a população masculina e 12% da população feminina no mundo fumam. “Precisamos conscientizar a população que o cigarro pode causar câncer de boca, entre outros prejuízos causados à saúde bucal”, afirma o presidente do CFO, Ailton Morilhas.
O CFO, preocupado com a doença, aprovou no Congresso, por unanimidade, o projeto que cria a Semana Nacional de Prevenção do Câncer Bucal (PL nº 3939/2012), a ser celebrada, todos os anos, na primeira semana de novembro. O objetivo é estimular ações preventivas e educativas, promover debates e outros eventos sobre as políticas públicas de atendimento integral a portadores de câncer bucal, apoiar atividades organizadas e desenvolvidas pela sociedade civil em prol do controle desse mal que envolve milhares de brasileiros, além de difundir os avanços técnico-científicos relacionados à doença.
No Brasil, o câncer de pulmão é uma das principais causas de morte no país. O consumo de tabaco é o mais importante fator de risco para o desenvolvimento da doença. Comparados com os não fumantes, os tabagistas têm cerca de 20 a 30 vezes mais risco de desenvolver câncer de pulmão.
O cirurgião-dentista é um grande aliado no diagnóstico precoce do tumor, evitando que mais mortes ocorram, ajudando a melhorar a qualidade de vida do paciente. O tratamento das lesões iniciais do câncer bucal, por cirurgia ou radioterapia, tem bons resultados, com cura de 80% dos casos, segundo dados da OMS. Nos casos avançados, quando a cirurgia não é possível, a quimioterapia é associada à radioterapia, porém os resultados não são muito satisfatórios. Para evitar isso, a visita regular ao cirurgião-dentista é fundamental, pois ele é capaz de detectar as primeiras possíveis lesões do tumor, como feridas que não cicatrizam em uma semana, ulcerações indolores que podem sangrar, e manchas esbranquiçadas ou avermelhadas nos lábios ou na mucosa bucal. É sempre bom ficar atento a qualquer alteração na boca, pois ela é a entrada para várias infecções, podendo prejudicar também a faringe e a laringe, e, consequentemente, todo o organismo. Estudos ainda revelam que alguns medicamentos têm ação reduzida em fumantes.
Os cuidados valem também para quem não fuma, mas convive com fumantes. Permanecer em um ambiente onde há pessoas fumando equivale a fumar quatro cigarros para quem não fuma. A exposição à fumaça do tabaco e o consumo de rapé ou hábito de mascar fumo elevam o risco de câncer bucal. Para quem não fuma, o melhor é manter distância da fumaça para não prejudicar a sua saúde.
Fumantes passivos também sofrem os efeitos imediatos da poluição ambiental do tabaco, tais como irritação nos olhos, manifestações nasais, tosse, dor de cabeça, aumento de problemas alérgicos, principalmente das vias respiratórias, e aumento dos problemas cardíacos, principalmente elevação da pressão arterial e angina (dor no peito). Outros efeitos a médio e longo prazo são redução da capacidade respiratória, aumento do risco de ter aterosclerose e aumento do número de infecções respiratórias em crianças.
No Brasil, o câncer de boca ocupa o quinto lugar entre os mais comuns na população masculina, já que os homens fumam e bebem mais; o alcoolismo e o tabagismo são as principais causas da doença. Dados da OMS apontam que 43% das mortes por câncer em todo o mundo são causadas pelo consumo de tabaco, do álcool, por maus hábitos alimentares e de estilo de vida e infecções. Estima-se ainda que aproximadamente 75% a 90% de todos os cânceres que acometem a região da cabeça e do pescoço sejam consequência do tabagismo.
Quem fuma tem 25 vezes mais chance de ter doenças na boca do que os não fumantes, o que pode piorar com a ingestão de bebidas alcoólica.
Fique atento! Visite o cirurgião-dentista regularmente!
Comunicação do CFO –
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