Encontro promove ações que beneficiam o cirurgião-dentista e o cidadão brasileiro. A estomatologia é a especialidade que trata as doenças da boca
No escritório do CFO, no Rio de Janeiro, no último dia 18, estiveram reunidos os presidentes do Conselho Federal de Odontologia (CFO), Ailton Morilhas, e da Sociedade Brasileira de Estomatologia e Patologia Oral (SOBEP), Cassius Torres. O encontro teve como objetivo aproximar as duas instituições em prol da população e do profissional da área de estomatologia. “O CFO deseja sempre estar perto de temas importantes que tragam benefícios para o cidadão e também para o profissional da área de saúde bucal”, afirma o presidente do CFO, Ailton Morilhas.
A estomatologia é a especialidade que trata as doenças da boca. A SOBEP, com 41 anos de fundação, é a entidade representativa dos especialistas brasileiros em Estomatologia e Patologia Oral. Estas duas especialidades são reconhecidas pelos órgãos competentes de regulação profissional e seus profissionais trabalham em prol do cidadão brasileiro, tanto no serviço público quanto privado de saúde do país, integrando-se com todas as especialidades do campo da saúde.
Também estiveram presentes ao encontro, pelo CFO – o tesoureiro, Rubens Corte Real de Carvalho, e o assessor Especial da Presidência, Ermensson Jorge; a presidente da Comissão de Fiscalização do Conselho Regional da Bahia (CROBA), Dra. Viviane Sarmento e a Dra. Águida Miranda, membro da SOBEP.
Segundo o presidente da SOBEP, Cassius Torres, o encontro foi muito importante para as instituições conversarem sobre essa habilitação do cirurgião-dentista na Odontologia hospitalar, como também no reconhecimento da especialidade para os odontólogos egressos de cursos em residência multiprofissional – que apresentem conteúdo compatível com a formação de estomatologista. As residências multiprofissionais têm como uma de suas características fundamentais proporcionar uma formação integrada do cirurgião-dentista com as demais profissões do campo de saúde – uma das características mais fortes da estomatologia.
“Tivemos uma excelente acolhida por parte do CFO. O Conselho Federal de Odontologia reconhece o trabalho da SOBEP na interface com as demais especialidades médicas. Vamos estreitar o relacionamento em trabalhos, a médio e curto prazo, para ampliarmos a visibilidade e o reconhecimento do trabalho executado pelos especialistas dessas áreas”, disse o presidente da SOBEP, Cassius Torres.
Presente na reunião, a presidente da Comissão de Fiscalização do Conselho Regional da Bahia (CROBA), Dra. Viviane Sarmento, que também é coordenadora do Programa de Residência Integrada Multiprofissional em Saúde Hospital das Clínicas – UFBA, disse que um dos pontos conversados entre o CFO e os membros da Comissão de Odontologia Hospitalar da SOBEP foi de que será estudada a possibilidade de como se dará a titulação dos cirurgiões-dentistas egressos dos Programas de Residência que incluam a profissão de Odontologia. “Isso porque a maioria dos Programas de Residência não tem denominação compatível com as especialidades odontológicas, embora normalmente incluam seus conteúdos”, afirma Viviane.
Na área de odontologia hospitalar, a Dra. Águida Miranda afirma que já se discute no Brasil a necessidade da presença de cirurgiões-dentistas no ambiente hospitalar, ao que se denomina Odontologia Hospitalar. Esse profissional deve ser capaz de realizar o atendimento odontológico em pacientes hospitalizados. “A importância da participação de profissionais de Odontologia nos hospitais é indiscutível e a SOBEP entende que a Estomatologia, assim como a Odontologia em pacientes com necessidades especiais e a Cirurgia Bucomaxilofacial são algumas das especialidades odontológicas cujas atividades rotineiras podem ser no ambiente hospitalar, área de atuação que pode ser inóspita para a maioria das demais especialidades odontológicas. Tal posicionamento se dá pelo entendimento de que o hospital é um ambiente de atuação para o cirurgião-dentista de diversas especialidades e não somente uma nova especialidade a ser criada”, afirma.
Ainda segundo a Dra. Águia, defende-se que há a necessidade de formação complementar para a atuação em ambiente hospitalar para a maioria dos cirurgiões-dentistas e de regulamentação para essa formação, para a definição de quais os conhecimentos os cirurgiões-dentistas devem ter para atuação em hospital dada a complexidade dos pacientes a serem atendidos em tal ambiente.
Comunicação do CFO