Terceira idade é o termo utilizado para representar a população de indivíduos com mais de 60 anos de idade. O número de idosos cresce de maneira significativa graças aos avanços na medicina, na tecnologia e na melhora das condições de vida e de trabalho. “A expectativa de vida aumentou e muito e as pessoas buscam viver melhor e com mais saúde para aproveitar esta fase especial”, destaca o especialista em Ortodontia e Ortopedia facial Gerson Köhler, integrante da equipe interdisciplinar da Köhler Ortofacial em Curitiba (PR).
Assim como em qualquer idade, os idosos não devem deixar de lado os cuidados com a boca, os dentes e todas as estruturas relacionadas à área bucal. Também é preciso ficar de olho nos hábitos de vida. “Alimentação inadequada, fumo, ingestão em excesso de bebidas alcoólicas afetam a saúde bucal. A existência de doenças sistêmicas, como problemas cardiovasculares, diabetes e câncer, e o uso de medicamentos são outros fatores que influenciam as condições da boca. Procurar um profissional especializado é imprescindível”, afirma Gerson.
O tratamento em pacientes idosos é diferente dos mais jovens, pois eles possuem alterações no tecido ósseo que sustenta os dentes e podem apresentar perdas dentárias, extensas restaurações e várias próteses ou implantes dentários. “O tratamento ortodôntico é eficaz para a reabilitação bucal. É fundamental que o profissional leve em consideração as motivações e as necessidades do paciente, além dos fatores que podem causar limitações no tratamento”, aponta Juarez Köhler, ortodontista e ortopedista facial que também compõe a equipe interdisciplinar da Köhler Ortofacial.
O tratamento ortodôntico é indicado para a correção das anomalias dentofaciais e, com as estratégias corretas, os resultados são surpreendentes e muito satisfatórios nas partes estética e funcional. “A intervenção em idosos deve ser mais suave e o aparelho deve exercer uma força menor sob os dentes. Quanto mais simples forem os procedimentos, mais fácil será lidar com o paciente e administrar todo o processo. É essencial elaborar um planejamento detalhado, com objetivos claros e dar todas as orientações necessárias para o paciente”, enfatiza Juarez.
Gerson observa que os idosos tem menos paciência, por isso o uso do aparelho ortodôntico não deve ser muito prolongado. A pouca tolerância é apenas um dos desafios enfrentados neste processo. A falta de motivação, a presença de enfermidades e o uso de remédios contínuos são obstáculos que não devem ser menosprezados. “A quantidade de osso alveolar também pode dificultar a movimentação dos dentes. Mesmo assim, com boa vontade e as técnicas certas é possível superar as barreiras”, acredita o ortodontista, especialista em Ortopedia Funcional dos Maxilares.
O uso do aparelho ortodôntico pode visar à distribuição equilibrada dos dentes na boca, a adequação de espaços causados por perdas dentárias para o recebimento de prótese ou implante e até a resolução de traumas oclusais. A correção das anomalias dentofaciais facilitam a higienização bucal, evitando a proliferação das bactérias que causam a gengivite e a doença periodontal. “Os aparelhos estão cada vez mais modernos e discretos. Alguns modelos imitam a cor dos dentes, ficando praticamente imperceptíveis, outros, em casos seletos, podem ser colocados no lado interno, não ficando expostos”, acrescenta Juarez.
O envelhecimento precoce do rosto ocorre principalmente pelas alterações funcionais causadas pelas anomalias dentofaciais. A respiração incorreta, por exemplo, realizada pela boca e não pelo nariz, provoca distúrbios do sono e envelhecem a face. “Com as correções, o rosto fica mais harmonioso e o paciente tem a sensação que rejuvenesceu alguns anos, elevando a sua auto-estima e contribuindo para o seu bem-estar”, declara Gerson, professor convidado desde 1988 da pós-graduação em Ortodontia da Universidade Federal do Paraná (UFPR).
Fonte: Paraná Shop