O 1º Fórum Estadual Açúcar x Saúde, realizado em 1º de agosto, no Teatro Dante Barone da Assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul, foi marcado por pela transdisciplinaridade. Desde sua concepção até a elaboração da carta conclusiva, o evento reuniu, de forma inédita, as mais representativas organizações da saúde. Sob a coordenação geral do Conselho Regional de Odontologia do Rio Grande do Sul, realização do Comitê das Entidades de Classe da Odontologia – CECO e apoio da Assembléia Legislativa do Estado, o evento buscou esclarecer profissionais da saúde e da educação, bem como a população em geral a respeito dos problemas causados pela alta ingestão de açúcar.
O evento contou também com a colaboração do Conselho Regional de Medicina/RS e o Conselho Regional de Nutrição/RS, cujas conferências apresentadas trouxeram informações valiosas para a elaboração do parecer final.
Apresentar subsídios para a reapresentação da Lei da Merenda Escolar para o estado do Rio Grande do Sul constituiu-se no principal objetivo do fórum. As conferências sobre a prevenção de doenças cardíacas e da diabete também focalizaram a origem comum e sua possibilidade de prevenção a partir de políticas de alimentação que sigam as recomendações da Organização Mundial da Saúde – OMS quanto à redução de sal, açúcar e gordura na alimentação.
Foram esclarecidas durante o Fórum as diferenças entre a classificação geral de carboidratos que se dividem em açúcares e amidos. Os açúcares, por sua vez, se dividem em açúcares extra e intracelulares. Os açúcares intracelulares, contidos nas frutas e vegetais, são benéficos e junto com os amidos devem totalizar 60% da alimentação diária. Os açúcares extracelulares, também chamados açúcares livres, não lácticos, ou seja, não provenientes do leite, são os que devem ser adicionados entre 6 e 10% na alimentação diária. Estes incluem a glicose e a frutose, além da sacarose.
Foi salientada ainda, a questão da freqüência de ingestão, bem como a consistência e a seqüência de alimentos ingeridos, de forma que os açúcares extracelulares sejam servidos como sobremesa e não deixados livres. Foi enfatizada a importância da criação de políticas públicas que beneficiem a todos os escolares e pré-escolares, de modo que o alimento que recebam do poder público seja saudável e que não seja causador de nenhuma doença.
Rio de Janeiro – CFO