Agosto Dourado: relevância da atuação dos profissionais de saúde na proteção ao aleitamento materno

O Sistema Conselhos de Odontologia evidencia, neste mês de agosto, a importância da campanha de incentivo ao aleitamento materno no Brasil – Agosto Dourado –, realizada pelo Ministério da Saúde em parceria com a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP). Neste ano, as ações de promoção, proteção e apoio reforçam a relevância da participação de toda a sociedade, mas principalmente dos profissionais de saúde, com o tema: “Todos pela amamentação. É proteção para a vida inteira”.

A Organização Mundial da Saúde (OMS), a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) e o Ministério da Saúde recomendam a amamentação até os 2 anos de idade ou mais e, de forma exclusiva, nos seis primeiros meses de vida, mesmo para as mães que tiveram casos confirmados de covid-19. O leite materno é a melhor fonte de nutrição para bebês e a forma de proteção mais econômica e eficiente para diminuir as taxas de mortalidade infantil, capaz de reduzir em até 13% os índices de mortes de crianças menores de cinco anos. O leite materno possui anticorpos que dão imunidade para a criança contra doenças, protegendo-as até que seu sistema imunológico esteja desenvolvido.

Além de todos os benefícios do aleitamento materno – nutricionais, emocionais, de vínculo, de imunidade –, o ato de sugar o leite da mãe estimula o desenvolvimento harmonioso das estruturas da face e do sistema estomatognático (como os músculos e os ossos envolvidos na respiração, mastigação, deglutição e fonoarticulação).

Em uma ação conjunta, o Conselho Federal de Odontologia, a OPAS e demais conselhos profissionais da área da saúde defendem a proteção legal ao aleitamento materno no Brasil. Muito além de mapear o cenário nacional, o trabalho coletivo é conduzido para melhor conscientização e envolvimento dos profissionais de saúde na proteção ao aleitamento materno. O objetivo é sensibilizar e fomentar o desenvolvimento de estratégias para fortalecer a Norma Brasileira de Comercialização de Alimentos para Lactentes e Crianças de Primeira Infância, Bicos, Chupetas e Mamadeiras (NBCAL) entre profissionais de saúde.

Além disso, o Ministério da Saúde disponibiliza para a população o Guia Alimentar para Crianças Brasileiras Menores de 2 Anos (CLIQUE AQUI) para reforçar o papel fundamental do aleitamento materno e introdução da alimentação complementar saudável nos primeiros anos de vida. Essa fase é considerada decisiva para o crescimento e desenvolvimento, formação de hábitos e manutenção da saúde. O Guia reforça, inclusive, o compromisso das políticas públicas com o aprimoramento da alimentação infantil.

A OMS pretende elevar as taxas mundiais de aleitamento materno de 41% para 55%. Cerca de seis milhões de vidas são salvas por causa do aumento das taxas de amamentação exclusiva até o sexto mês de idade, segundo a OMS e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef). Os índices nacionais do aleitamento materno exclusivo entre crianças menores de 6 meses aumentaram de 2,9%, em 1986, para 45,7% em 2020. Já o aleitamento para crianças menores de quatro anos passou de 4,7% para 60% no mesmo período. O Sistema Conselhos de Odontologia reforça o importante papel de toda a categoria para estimular e defender o aleitamento materno junto aos pacientes, a fim de contribuir para o aumento das taxas mundiais.

Por Camila Melo e Michelle Calazans, Ascom CFO / Com informações do Ministério da Saúde e OMS.
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