O Fórum dos Conselhos Federais da Área da Saúde (FCFAS) publicou o relatório do Encontro de Formação Profissional da Área da Saúde que formaliza o registro histórico do trabalho conjunto desenvolvido em prol da qualidade da formação profissional na área da saúde. O Conselho Federal de Odontologia, que possui participação permanente no FCFAS, integrou a relatoria na produção do documento.

Como pauta prioritária, o relatório evidencia três diretrizes centrais: a retomada do convênio entre a Secretaria de Regulação e Supervisão da Educação Superior (Seres/Ministério da Educação) com os Conselhos Profissionais da Área da Saúde; o cenário de fragilidade dos residentes multiprofissionais que atuam no Sistema Único de Saúde (SUS), por meio de bolsas municipais, estaduais e nacionais; e a proliferação indiscriminada de cursos de graduação da área da saúde ofertados na modalidade de Ensino a Distância (EaD). Na prática, os eixos caminham em única direção: “barrar toda e qualquer ameaça à qualidade do ensino na formação de profissionais da área da saúde”.

As estratégias de fortalecimento das ações de qualidade na formação profissional da área da saúde e os encaminhamentos alinhados no relatório são direcionados aos membros de Comissões de Ensino de Educação e Residência Profissional e Multiprofissional dos Conselhos Federais da Área da Saúde, representantes do Ministério da Educação (MEC), colaboradores dos Conselhos Profissionais que emitem pareceres para aprovação dos cursos junto ao MEC, avaliadores e profissionais.

Na relatoria do documento, o Conselho Federal de Odontologia ressalta a importância em socializar esse registro histórico à sociedade, tendo em vista os riscos irreversíveis à saúde da população que podem ser gerados a partir da formação profissional inadequada na área da saúde, que requer a capacitação prática na interação profissional-paciente. A matriz curricular dos cursos de graduação na modalidade EAD, por exemplo, inviabiliza a boa formação na prática e na execução dos procedimentos para prevenção, diagnóstico e tratamento de doenças, bem como para reabilitação e manutenção da saúde, o que compreende condições sistêmicas e a integralidade do indivíduo.

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Por Michelle Calazans, Ascom CFO
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